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ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES DE COMPUTAÇÃO DO XXI ENCONTRO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE COMPUTAÇÃO REALIZADA NO DIA 07 DE AGOSTO DE 2003 NA CIDADE DE CAMPINAS ESTADO DE SÃO PAULO

ENECOMP 2003

Aqui estão transcritas, pelo coordenador do GD, informações que resumem o teor da discussão ocorrida durante a atividade.

GD sobre Sistemas de Cotas nas Universidades

Cotas para Negros

No GD os participantes na sua maioria se mostraram contra as cotas para negros por achar que o atual sistema de seleção é falho nos seguintes itens:

  • A raça humana não pode ser dividida em raças e sim em etnias;
  • Os problemas sociais deveriam ser tratados de forma mais ostensiva no processo de seleção;
  • Os critérios utilizados deixam margem para escolhas duvidosas por não serem rígidos nas suas especificações e entende-se que essa rigidez necessária não é possível de ser alcançada neste caso em se trata com diferenças étnicas.

Concluiu-se então que a solução deveria vir no início da formação da pessoa, com ações emergenciais no ensino primário e médio, não no ensino superior.

Cotas para Índios

No GD os participantes se mostraram a favor de uma cota destinada aos índios apenas nos cursos de Licenciatura nas universidades de regiões com população indígena. Esta cota seria determinada por um estudo para definição da porcentagem destinada a cada universidade e seguiria as seguintes prioridades:

  • Índios que permanecem na aldeia;
  • Índios fora da aldeia.

Essa decisão foi tomada baseada na garantia de uma forte fiscalização na comprovação da etnia.

Mariana Martins - 13 Aug 2003

ENECOMP 2003

Aqui estão transcritas as idéias principais da discussão sobre Inclusão Digital, realizado no XXI Encontro Nacional dos Estudantes de Computação.

GD sobre Inclusão Digital

A discussão começou com a palestra do Sívio Spinella, presidenta da IM@, que deu a seguinte definição para inclusão, não exatamente com essas palavras ;-) :

Inclusão é dar acesso a algum bem ou serviço a alguém que atualmente não tem acesso a esse bem ou serviço.

Assim, podemos extender isso para a Inclusão Digital:

Inclusão Digital é prover meios para a utilização de computadores e tecnologia da informação em geral à população que atualmente não tem acesso a esses recursos.

O grupo entrou em consenso que um modelo ideal de Inclusão Digital deve ser baseado:

  • na utilização de software livre, pois isso impede a imposição de um produto e a submissão aos interesses privados, além de favorecer a utilização de padrões abertos para troca de informação.

  • na busca de um modelo melhor de ensino de informática: o grupo avaliou que a forma como a informática é ensinada, em geral, se parece muito com um "adestramento", e não valoriza o desenvolvimento da capacidade de se adaptar a novos softwares, novas necessidades e novas situações.

Diante desses aspectos levantados, decidiu-se que a ENEC criaria um fórum para a discussão do tema Inclusão Digital, que:

  • sirva para troca de experiências sobre Inclusão Digital;
  • inclua pessoas já com alguma experiência com Inclusão Digital, no intuito de enriquecer a discussão;
  • seja um meio para discussão e elaboração de propostas e projetos de Inclusão Digital.

Ao final do GD, o espírito do grupo era o de que nós, como estudantes de Computação, diante da imensa importância que a tecnologia da informação posssui atualmente na sociedade, devemos coloborar com a democratização do acesso aos recursos de informática.

Antonio Terceiro - 18 Aug 2003

ENECOMP 2003

Aqui estão transcritas as idéias principais do que foi discutido nessa atividade, acontecida durante o XXI Encontro Nacional dos Estudantes de Computação.

GD sobre Organização da ENEC

Relatório da gestão 2002/2003

Paulo (UFPR) fez um relato sobre a gestão 2002/2003 da ENEC, e sobre a organização do ENECOMP 2003. O grupo propôs que ele refizesse esse relato na assembléia geral do XXI ENECOMP e que escrevesse um texto relatando isso.

Proposta de mudança na estrutura da diretoria

Paulo (UFPR) propôs que a diretoria da ENEC passasse a ser composta da seguinte forma:

  • 27 diretores, um para cada estado brasileiro.
  • 6 cargos:
    • presidente e vice-presidente.
    • secretário e vice-secretário
    • tesoureiro e vice-tesoureiro
  • Outros cargos denominados pela diretoria, a depender da necessidade (secretário de comunicação, secretário para assuntos acadêmicos, etc).

Bento (EEP/SP) propôs que se consultasse o modelo de diretoria de outras entidades.

Além disso, foi proposto que sejam especificadas as competências de cada diretor dos 6 cargos "iniciais" no estatuto da ENEC. Essa necessidade existe por conta de exigências legais para registro de CNPJ.

Estas alterações contemplam as alterações feitas na assembléia do XX ENECOMP que foram perdidas devido a extravio das anotações da assembléia.

Cadastro de Entidades de Base e indicação de delegados para assembléias da ENEC

Entidades de base (EB's) são as entidades que representam os estudantes de um determinado curso ou cursos, isto é, D.A.'s (diretórios acadêmicos) e C.A.'s (centros acadêmicos).

  • Leandro (UFSCAR/SP) propôs utilizar ferramentas de busca para auxiliar na busca pelas entidades de base.
  • Mathias (UNIMEP/SP) propôs dos cursos e estímulo à formação de entidades de base.
  • João (UFMG) propôs que se sejam focadas primeiro as EB's que já existem.
  • Leandro (UFSCAR/SP) propôs que fosse elaborada uma cartilha sobre a necessidade de existência e participação das entidades de base, específico para a Computação.
  • Terceiro (UFBA) propôs que o credenciamento dos delegados fosse feito com a apresentação da ata de posse da EB.
  • Leandro (UFSCAR/SP) propôs que fosse definida uma ata padrão para assembléia.
  • Terceiro (UFBA) propôs que a eleição do delegado do curso seja feita de uma das seguintes formas, preferencialmente de cima para baixo:
    • eleiçao direta entre os estudantes do curso;
    • assembléia dos estudantes do curso;
    • indicação da diretoria da EB do curso.

Comunicação da ENEC

João (UFMG) propôs que a ENEC mantenha a lista enec-l e use uma newsletter para notícias, com mensagens geradas por humados. Ele citou o problema do atual sistema de notícias, que às vezes manda o mesmo cunjunto de notícias durante várias semanas seguidas.

Arrecadação de recursos para a ENEC

  • Foi proposto que a ENEC realize eventos para arrecadar recursos.
  • Leandro (UFSCAR) propôs que a ENEC fizesse um "livro de ouro" com empresas para arrecadar recursos para a ENEC. Essas empresas seriam empresas mais ou menos neutras, não muito polêmicas (a Microsoft ficaria fora, naturalmente).
  • Foi esclarecido que a ENEC não aceitou patrocínios de empresas de software proprietário (como foi oferecido pela Microsoft e por outras empresas parceiras dela), pelo motivo do ENECOMP ser voltado ao software livre. Foram feitos contatos de patrocínio com empresas de software livre, como a Conectiva (que acabou cedendo revistas) e a 4Linux, que iria patrocinar pastas, canetas e blocos de notas, mas isso acabou não acontecendo por questões internas da empresa.

  • Leandro (UFSCAR) propôs que se conseguisse patrocínio para a página da ENEC, também com empresas "não-polêmicas" ;-).

Sobre a sede

Paulo (UFPR) falou da necessidade de se ter uma sede registrada em cartório para a ENEC, citada em seu estatuto. A sede atual era na USP, mas os estudantes da USP infelizmente não têm participado da ENEC.

A proposta elaborada então foi a seguinte:

  • Como sede no estatuto, seria registrado o endereço do DACOMP/UFBA.

  • Como endereço para correspondência, seria divulgado o endereço do presidente da ENEC.

Antonio Terceiro - 18 Aug 2003

ENECOMP 2003

Aqui estão transcritas as idéias principais desse Grupo de Discussão, ocorrido durante o XXI Encontro Nacional dos Estudantes de Computação.

GD sobre Regulamentação das profissões de informática

Jiyan começou com uma introdução do tema, de forma o mais imparcial possível ;-). Em seguida, foi discutido o projeto de lei elaborado pela SBC. Seguiu-se uma discussão sobre reserva de mercado,

Reserva de mercado é uma forma de impedir que pessoas não formadas num curso superior de determinada área possam atuar profissionalmente nessa área. É o que impede, por exemplo, pessoas não formadas em Engenharia Civil de atuar na função de Engenheiro em construções, e pessoas não formadas em Medicina de exercer a medicina.

Em seguida, foi discutido qual seria o papel de um futuro conselho - como é colocado no projeto de lei da SBC - e como esse conselho seria formado.

Como propostas, foram levantados os seguintes pontos:

  • Aurélio (UFBA) propôs que a ENEC apoiasse o projeto de lei elaborado pela SBC.
  • Machado (UFBA) propôs que se tentasse promover um fórum (um evento presencial, ou não) conjunto entre ENEC, SBC (Sociedade Brasileira de Computação) e FENADADOS (Federação Nacional dos Trabalhadores em Informática) para discussão do tema.

  • Paulo (UFPR) e Luciana (UESC/BA) propuseram que se estudasse a viabilidade desse fórum acontecer durante o II EBECOMP, em 25 de Outubro, em Ilhéus/BA.
  • Bruno (UNICAMP) propôs que seja feito um levantamento inicial de informações sobre o tema e disponibilizar esse material na página da ENEC

Esse GD não levou a nenhum encaminhamento na assembléia geral do XXI EneComp (por problemas de falta de tempo), além do que já havia sido decidico na assembléia geral do XX EneComp: a ENEC se posiciona contra qualquer forma de reserva de mercado.

Antonio Terceiro - 18 Aug 2003

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