bem-vindo: entrar

Por favor, entre a senha para sua conta no wiki remoto abaixo.
/!\ Você deve confiar em ambos os wikis, pois a senha pode ser lida pelos respectivos administradores.

Excluir mensagem
localizaçâo: SoftwareLivrePerspectivaRevolucionaria

Software Livre, uma Perspectiva Revolucionária

O que é Software Livre?

O que é Software Livre

Quando fala-se de software livre, não é de alguma liberdade genérica que permita aos seus usuários fazer simplesmente qualquer coisa. A idéia básica é a de que seja livre e acessível sempre, para todas as pessoas que venham a ter contato com esse software. A definição de software livre utilizada aqui é a da Free Software Foundation, disponível na seção de Filosofia do site do Projeto GNU:

"Software livre" se refere à liberdade dos usuários executarem, copiarem, distribuírem, estudarem, modificarem e aperfeiçoarem o software. Mais precisamente, ele se refere a quatro tipos de liberdade, para os usuários do software:

  • A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade no. 0)
  • A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade no. 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
  • A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade no. 2).
  • A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade no. 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.

Algumas Referências

Mirian Bruckschen - 02 Aug 2005

História do Software Livre

Histórico do Software Livre

Houve um tempo em que não existia a separação de software livre e não-livre, até porque não existia necessidade disso. Os desenvolvedores costumavam, quando possível, trocar código e dificilmente se ouviria falar de "pirataria", "roubo" ou mesmo "software fechado". Era natural que o software viesse com os fontes e que houvesse a liberdade de adaptá-lo às suas necessidades e mesmo distribuí-lo.

No entanto, com a chegada da era da informática e da popularização de equipamentos e sistemas computacionais acompanhantes, algumas coisas começaram a mudar. Pessoas e empresas começaram a pensar em ganhar dinheiro através da venda de /licenças/ destes software, fazendo com que a distribuição do código-fonte junto com o software em formato binário deixasse de ser regra, e passando a ser uma prática cada vez menos comum.

Ao notarem isso, usuários e hackers do mundo todo começaram a se mobilizar nesse sentido, e alguns movimentos começaram a surgir, notadamente a Free Software Foundation[1]. Estas pessoas defendiam que todas as pessoas deveriam ter direito às liberdades básicas preconizadas pelo movimento de software livre até hoje, que todos deveriam poder executar, modificar, distribuir e redistribuir o software para qualquer propósito e qualquer pessoa, desde que este continuasse livre.

O grande avanço desse movimento se deu, em parte, pelo início da popularização da Internet, que encurtou as distâncias e possibilitou a comunicação rápida e efetiva de desenvolvedores e usuários do mundo todo. Isso tornou possível a grande disseminação do modelo de desenvolvimento de software livre que hoje conhecemos, e a adoção deste modelo por empresas de todo porte, além de governos e residências.

[1] Free Software Foundation, ou Fundação do Software Livre: http://www.fsf.org/

Mirian Bruckschen - 17 Aug 2005

Patentes de Software

Direitos Autorais

Por que Revolucionário?

Uma das coisas que sempre caracterizou a burguesia, ou para os que não gostam do termo, os exploradores, foi a posse dos meios de produção. Essa posse sempre fez com que os trabalhadores fossem explorados, já que a "única" coisa que podiam oferecer era sua força de trabalho a custos cada vez mais baixos, uma vez que para aumentar os lucros se baixava os custos de produção, ou seja, a força de trabalho tem que ficar cada vez mais barata. Com os lucros maiores, os exploradores ampliam sua posse sobre os meios de produção e a concorrência capitalista faz com que necessitem de mais lucro, então a força de trabalho é desvalorizada mais uma vez e começa tudo de novo. Daí podemos ver o porquê da atual exploração e de como ela só aumenta a cada dia que passa, e tal exploração não se limita a relações homem-homem, mas tambám país -país. Como resultado disto temos o caos social no mundo,sobretudo nos países pobres que são a maioria.

Até agora, nada aqui é novo, muitos conhecem bem mais profundamente a situação de exploração que o capitalismo impôs ao mundo. Mas onde entra o Software Livre nisso tudo? Exatamente no ponto em que com a produção coletiva do conhecimento, sem um proprietário, tiramos os meios de produção, por enquanto da indústria de software, da mão dos exploradores. É nesse ponto que o Software Livre é revolucionário, pois ele rompe com o ciclo de exploração capitalista, já que o trabalhador irá vender sua força de trabalho diretamente a quem precisa, e essa força será potencializada por uma comunidade mundial e ele não terá ônus algum. Com isso quebramos toda a lógica opressora do capitalismo, não estaremos mais presos a patrões que vendem o que produzimos ficando com o lucro todo pra si, podemos agora negociar a nossa produção, para que não sejamos explorados e nem exploremos outras pessoas com as práticas abusivas das empresas/monopólios capitalistas.

Entre outras coisas que também fazem o Software Livre ser revolucionário é a liberdade que dá ao conhecimento, que não terá um dono para fechá-lo em um cofre para que só ele ou quem ele queira tenha permissão para acessá-lo. A filosofia do Software Livre diz que todo conhecimento deve ser compartilhado para que seja estudado, modificado,discutido e melhorado, com isso não teremos uma elite intelectual que impõe algo fechado, tudo poderá ser contestado e usado para os mais diversos fins e ainda melhorado sem custo algum para ninguém. O que buscamos com o Software Livre é a liberdade total e irrestrita do conhecimento.

Liberdade do conhecimento e Software Livre

A experiência do Software Livre tem sido vitoriosa, basta ver o desespero dos grandes monopólios do Software mundial e sua retaliação a empresas e governos que usam Software Livre, mas para que de fato demos prosseguimento a esta revolução, temos que expandir esta cultura de produção coletiva e de liberdade do conhecimento para as demais áreas do conhecimento humano, para que pouco a pouco comecemos a dar grandes perdas ao capitalismo, quebrando sua lógica cruel de exploração.

Para isso sugerimos aos mais diversos movimentos sociais que construam debates sobre liberdade de conhecimento e produção comunitária. E para isso toda a comunidade de Software Livre sempre estará pronta a ajudar e passar toda e experiência que temos com Software Livre e também a aprender com vocês e usar suas idéias na comunidade de Software Livre. E essa discussão deve nascer da comunidade, sem fórmulas prontas vindas de um iluminado, para que desde já se crie a prática da produção compartilhada.

Quais as vantagens da "libertação" do Brasil?

Discussão

Esse vai ser o tema de uma de nossas atividades no FSM, e também de uma discussão que será com alunos do curso de agronomia da UFS que são ligados ao MST (É um curso destinado a assentados). Podemos construir um bom evento e uma discussão que pode servir para difundir os conceitos e a causa do SL entre militantes do movimento estudantil, sobretudo os de esquerda.

A metodologia q estou sugerindo é por tópicos, lançamos as idéias dos mesmos e vamos colaborando. Qualquer um pode criar um tópico e escrever sobre ele.

Mike Gabriel - 30 Nov 2004


Mike, sugiro uma nova abordagem pra esse tópico, já que o FSM já foi há tempos :)

Gostei dos tópicos que levantaste, e acho que não temos esses dados em nenhum outro lugar. Que tu achas de continuá-lo, mas com o propósito de explicitar a relação do movimento estudantil e software livre, e explicar por que a gente sai dizendo em tudo que é palestra por aí que essa é uma perspectiva revolucionária? :)

Acho importante termos isso documentado em algum lugar. Quem ouve falar na Executiva e acessa o site já teria, através desse tipo de documento, um verdadeiro perfil desta. O que me dizes?

Mirian Bruckschen - 22 Jul 2005


Acho ótimo Míriam, vamos ver que pontos podemos revisar.

Sobre a "Revolucionária", chegou-se a conclusão que seria mais fácil dialogar com os militantes de esquerda se mostrasse o SL como uma forma de contestação ao capitalismo, uma vez que o SL pode tirar das mãos da burguesia os meios de produção. Partindo disso, ampliamos o debate para que este chegue em outras áreas do conhecimento.

No mais, vamos trabalhando para dar linhas definidas à luta pelo software livre, com os texto que nos servirão de eixo para aprofundarmos o debate.

Mike Gabriel - 23 Jul 2005


OK, tri então. Vamos evoluir alguns pontos:

"Sobre a "Revolucionária", chegou-se a conclusão que seria mais fácil dialogar com os militantes de esquerda se mostrasse o SL como uma forma de contestação ao capitalismo, uma vez que o SL pode tirar das mãos da burguesia os meios de produção."

O que tu quiseste dizer com isso? Quem chegou a essa conclusão e por que só os militantes? Me dá um pouco do histórico dessa discussão, que eu acho que não acompanhei, por favor.

Quanto a "software livre como uma forma de contestação ao capitalismo", não achas que fica meio restrito, não? Sei lá, passa uma imagem meio errada do movimento do software livre em si (que não tem nada contra o capitalismo, anarquismo, socialismo ou sei lá) e dá a impressão que os "militantes de esquerda" só se interessam por forma de "contestação do capitalismo" (que não é a verdade, correto?).

Outra coisa que seria legal de ver é a evolução do teu argumento "uma vez que o softwarelivre pode tirar das mãos da burguesia os meios de produção". OK, eu entendi que é a questão da extinção dos monopólios nessa área e a independência tecnológica, mas já que esse seria um item super importante (um dos mais importantes, a meu ver), seria ótimo termos isso no texto, não achas? Me explica por que tu acredita que "o softwarelivre pode tirar das mãos da burguesia os meios de produção" (nas tuas palavras mesmo, sem rodeios..).

Acho que a gente tem que, logo no início do texto, engatilhar os três temas -- software livre, movimento estudantil e revolução -- e explicar rapidamente a relação entre eles. Aí, nos parágrafos seguintes, explicar direitinho item a item e dar exemplos (!) de casos onde isso é possível (ou mesmo já aconteceu/está acontecendo!). Que achas?

Mirian Bruckschen - 01 Aug 2005


Copyright © 2005 - 2012, pela Executiva Nacional dos Estudantes de Computação.
Todo o nosso conteúdo pode ser utilizado segundo os termos da Ceative Commons License: Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Brasil,
salvo disposição em contrário indicada de forma explícita no tópico correspondente.