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Boletim Eletrônico

Boletim informativo mensal da Executiva Nacional dos Estudantes de Computação
http://www.enec.org.br

Número 4, Janeiro de 2005

Nesta edição:

Editorial

As últimas semanas foram bastante movimentadas para a ENEC e o Movimento Estudantil em geral.
Foram realizadas diversas eleições de DCE's pelo país, aconteceu a Marcha a Brasília, realizamos a primeira reunião da diretoria da ENEC, o Governo Federal apresentou o anteprojeto de Reforma Universitária entre outras coisas.

Neste boletim, você irá encontrar uma entrevista com Leandro Soares, autor da distribuição Linux Kalango, uma distro brasileira. Links com as últimas novidades do sítio da ENEC e a nossa participação no SEMINFO RS 2004.

Também estamos divulgando um texto de protesto contra o fim as aulas noturnas no curso de Ciência da Computação na UFPR, além do link para o trabalho final de graduação do nosso colega Vicente Netto.

Muito importante foi o lançamento do anteprojeto de Reforma Universitária e a aprovação no congresso do PROUNI (Programa Universidade para Todos). Este dois fatos deve nos impulsionar a estudar e avaliar esta Reforma e aumentar nossa luta contra a mesma e esta luta já deu resultados, o governo só irá apresentar a proposta no meio do ano que vem, ou seja, temos mais tempo para estudar e propor uma reforma que de fato represente os anseios dos estudantes brasileiros.

Devido as atividades daqueles que elaboram o Boletim Eletrônco, como provas e trabalhos de final de ano, foi impossível publicarmos o Boletim número 4 ainda em Dezembro. Por isso, preferimos aproveitar o tempo disponível agora em Janeiro para finalizarmos tudo e divulgarmos esta edição com mais qualidade.

A diretoria da ENEC deseja um feliz 2005, cheio de paz e esperança por uma sociade mais justa para todos.

Autores: Mike Gabriel A. Lopes e Paulo Henrique de L. Santana

Entrevista

Leandro Soares dos Santos é autor da distribuição Linux Kalango, atualmente em sua versão 3.0. Maiores informações em http://www.kalangolinux.org/

Meu nome é Leandro Soares dos Santos, moro atualmente em São Paulo Capital, tenho 17 anos e adoro informática. Estou cursando o segundo ano do ensino médio, em uma escola pública da periferia de Sampa :P. Perdi um ano, nada espantoso para quem conhece minha vida escolar, me interesso por pouca coisa que é passada.

Apesar de gostar de computadores desde o momento em que conheci, e usar inicialmente para entretenimento, nunca fui fão de jogos, salas de bate papo, etc. Tenho dificuldades de aprender as coisas sozinho, geralmente preciso de um empurrão, mas com minha vontade de aprender, dedicação e interesse, sempre me virei bem nas situações em que não tinha a quem recorrer, claro que com um fonte de pesquisa, no caso a internet.

O primeiro sistema operacional que conheci foi o Microsoft Windows 95, assim como 99% de quem comprava um computador na época, sem ao menos imaginar o que seria um sistema operacional, para mim o Windows era parte do computador, com essa visão eu jamais iria atrás de uma outra alternativa.

Meu maior lazer era navegar na internet, e descobrir coisas novas sobre informática, não lembro exatamente onde, mas nessas "viagens" foi que conheci o tal do Linux. O duro foi entender o que era... Humm, é um programa :-D.

Tive várias tentativas frustadas de instalação, meio sem saber o que estava fazendo, pois não entrava na minha cabeça o que era "distribuições", já tinha sido difícil entender o que era Linux. As minhas tentativas eram com CDs das distros que vinham em revistas, pois na época minha conexão era discada e sem condições de esperar uma semana ou mais até baixar.

Depois de perder dados, bater no monitor, passar noites em claro, finalmente tive contato com o Linux, já com conexão ADSL e um computador melhor, pude baixar e experimentar o Kurumin.

Parecia um sonho depois de tanto tempo, o sistema rodava direto do CD e tinha reconhecido todo o meu hardware, não pensei duas vezes e instalei no HD, de lá pra cá minha vida na informática mudou radicalmente.

Eu mesmo não sabia, mas sou muito curioso, e tenho sede de aprender, o Linux me proporcionou isso desde o primeiro contato pois a quantidade de material de apoio que se encontra na internet é absurda. Mesmo encontrando muitas dificuldades, parece que eu já sabia como funcionava a coisa no mundo do Software Livre, eu não ficava resmungando dizendo que não prestava, sabia que as coisas funcionavam diferente do que eu estava acostumado, e que tinham pessoas interessadas em me ajudar. Seguindo essa linha, me adaptei muito fácil ao sistema, com 3 meses de uso conheci uma pessoa na internet que tinha vontade de criar uma distribuição, mas digamos não tinha a iniciativa de botar a idéia em prática, então ele me convidou para desenvolver com ele, eu sabia que meu conhecimento era pouco, mas sabia que era uma chance de aumentá-lo.

A princípio todo o trabalho geral da distro seria ele quem iria fazer, ou seja a remasterização em si, por motivos pessoais ele me disse que não queria fazer essa e sim se concentrar em outras, foi aí que fui forçado a aprender a remasterizar, fiquei um mês para conseguir completar um processo que hoje em dia executo em menos de 1 minuto, que é digamos, o pontapé inicial do processo de remasterização. Com o passar do tempo nasceu o que é a base do que é o Kalango Linux hoje. De lá para cá a equipe foii totalmente modificada, da época só sobrou eu mesmo, pois estava a frente do projeto.

Não tenho vínculo com a PC Master e acho que só saiu a versão 2.0 nela, tenho contato com o pessoal de lá, mas normal, igual estou tendo com vocês.

Boletim Eletrônico - Tem planos para algum curso de Ensino Superior?

Leandro Soares dos Santos - Até 1 ano atrás eu não achava interessante, e continuo não achando, porém hoje com um pouco mais de vivência e contato com a realidade profissional, vejo que é de muito importância, não pelo lado técnico, mas pela cobrança do mercado de trabalho. Além disso não penso em cursar algo na área técnica de informática, talvez uma coisa mais voltada para marketing ou administração.

BE - Algumas idéias para popularizar o conceito de software livre (e do SO Linux) entre os usuários.

LSS - Não tenho idéia formada de como difundir o conceito de Software Livre, acredito que o "boca-a-boca" seja a melhor opção hoje em dia, pois só assim conseguimos passar um conceito correto do que é Software Livre e convencer as pessoas de que o Software Livre pode ser melhor nas mais diversas ocasiões.

BE - O principal diferencial da distro Kalango. Pq Kalango e não outra qualquer?

LSS - Para os brasileiros o fato da distribuição ser nacional já é muito interessante, pois o contato direto com os desenvolvedores é fácil, além de ter um melhor suporte através do fórum, enfim, se tem um conhecimento maior do sistema que está utilizando. Procuramos sempre adicionar suporte ao maior número de hardware possível, principalmente os mais utilizados no Brasil, como drivers para softmodems (que é muito comum). A parte visual é bem definida e organizada, para que os usuários que não conhecem o Linux não se assutem. Além disso tem uma série de gerenciadores de janelas, para que o usuário tenha a liberdade de escolher o que é de seu agrado, na versão 3 por exemplo estão disponíveis o KDE (Padrão), Gnome, WindowMaker, Fluxbox e Icewm, todos muito bem trabalhados. O desenvolvimento está sempre ativo e buscamos cada vez mais a estabilidade, nem que isso leve muito tempo, a versão 3 por exemplo ficou em desenvolvimento por mais de 6 meses. Apesar dos recursos adicionais, facilidades e inovações, procuramos sempre manter um padrão e fazer com que a distribuição se comporte como deveria, isso ajuda quem vem de outras distribuições, como o Debian por exemplo, e não vicia o usuário em ferramentas expecíficas, ajudando no aprendizado geral sobre o sistema Linux. E para finalizar temos um conceito meio radical quanto a ferramentas que são incluídas, procuramos sempre deixar somente o que foi testado.

BE - Quais contribuições sua equipe, no trabalho com o Kalango, fez (ou pretende fazer) para a equipe do Debian? E para o mundo Linux?

LSS - Bem não vejo muito utilidade nas ferramentas do Kalango para o Debian, foge muito da filosofia deles, claro que se houver interesse da parte deles ajudaremos no que for possível, é o mínimo que podemos fazer pela ótima estrutura que ele é para o Kalango. Contudo particularmente tenho planos de ajudá-los empacotando programas, traduzindo etc.

BE - Planos para o futuro. Só o Kalango? Ou de repente a equipe vai se aventurar por outras "praias"?

LSS - No momento estamos concentrados no Kalango, preparando o lançamento da versão 3, se vamos nos aventurar em outras áreas no futuro, só o tempo dirá.

Reforma Universitária. O Governo Federal lançou no dia 06 de dezembro o anteprojeto da Reforma Universitária. Estamos pedindo a ajuda dos colegas para que façamos uma análise plural e ampla. Para isso criamos um espaço no sítio da ENEC para que aqueles que quiserem escrever uma análise pessoal sobre o tema possa fazê-lo afim de se ampliar o debate. Para isso acesse: http://www.enec.org.br/LeiRU

Software Livre e Movimento Estudantil: Uma perspectiva revolucionária. Essa é uma das atividades que a ENEC promoverá no próximo Fórum Sociam Mundial (mais detalhes abaixo) e uma forma de divulgarmos o Software Livre dentro do Movimento Estudantil. Como o tema não pode se esgotar no FSM, estamos construindo idéias para que no futuro possam se tornar palestras, cartilhas, etc. Para contribuir acesse: http://www.enec.org.br/SLperspectivaRevolucionaria

Reunião Virtual: A diretoria da ENEC realizou no último dia 21 de novembro uma reunião via IRC no servidor irc.freenode.net canal #enec.
Veja o que discutimos na reunião: http://www.enec.org.br/AtaReuniaoENEC21Nov2004
E veja também o log desta mesma reunião: http://www.enec.org.br/LogReuniaoENEC21Nov2004

Diversos: Para organizar a produção de textos e informes da ENEC aos estudantes, foi criada a sessão "diversos" no sítio da ENEC. Para ver o que tem sido feito pela ENEC e nos ajudar vá em: Diversos

Autores: Mike Gabriel A. Lopes e Paulo Henrique de L. Santana

Reforma Universitária

Programa Universidade Para Todos - PROUNI

Como já foi falado no boletim passado, a Reforma Universitária do Governo Lula vem sendo executada de forma fatiada. No outro boletim falamos sobre a Lei de Inovação Tecnológica, neste mês vamos falar um pouco sobre o PROUNI.

Em poucas palavras, o PROUNI é programa do governo que visa conceder bolsas de estudos em universidades particulares a estudantes carentes que estão fora da universidade em troca de renúncia fiscal.

Este projeto seria implementado via Medida Provisória no início do ano, o governo recuou e decidiu que o mesmo iria ao parlamento, finalmente enviou por medida provisória um dia depois que a oposição à direção majoritária da UNE no Movimento Estudantil e o ANDES( Sindicato dos Professores) fez um plenária em Brasília com o mote Vamos Barrar Essa Reforma Universitária, em clara retaliação aos setores dos movimentos sociais que querem barrar a Reforma Universitária do Governo Lula.

Mas por que seríamos contra a um projeto que quer dar acessos a alunos carentes nas Universidades? Essa é a pergunta usada pelos apoiadores da Reforma Universitária, pergunta um pouco rasteira e que mostra o cunho populista deste projeto. Em primeiro lugar, as bolsas hoje podem ser parciais, as universidades podem transformar uma bolsa de 100% em duas de 50%, o que mostra a incoerência do projeto,uma vez que um estudante carente, o pré-requisto para fazer parte doPROUNI é renda familiar per-capita de 1,5 Salário, não terá como custear esses 50%, mesmo os que terão bolsas integrais possivelmente não concluirão seus estudos, uma vez que o projeto não fala nada em assistência estudantil.

Outro ponto questionável é que essas bolsas serão concedidas na sua maior parte em instituições privadas de baixa qualidade, uma vez que as boas Universidades Particulares não têm tantos problemas evasão, ou seja, o governo quer dar uma educação de baixa qualidade, mesmo podendo investir o dinheiro dessa renúncia fiscal nas Universidades Públicas, quem tem qualidade comprovada apesar do desmonte que os últimos governos a impuseram.

Existem muitos outros pontos questionáveis no PROUNI,mas fica para as próximas edições do Boletim, para os que quiserem mais informações o site do ANDES tem bons textos sobre o tema: www.andes.org.br

Autor: Mike Gabriel A. Lopes

Marcha à Brasília do dia 25 de Novembro

No dia 25 de Novembro,ocorreu em Brasilia - DF, a marcha contra a reformas universitária, sindical e trabalhista do governo Lula e por reforma agrária. Estiveram presentes à marcha Estudantes, Sindicalistas e partidos políticos de esquerda.

Durante a marcha aconteceram 3 paradas com sub-atos, uma no Ministério do Desenvolvimento Agrário, uma no Ministério do Trabalho e a final e mais longa no Ministério da Educação, onde aconteceram diversos discursos dos mais diferentes setores representados na marcha.

Ainda durante a marcha, muitos manifestantes entraram no espelho dŽágua em frente a Câmara dos Deputados e ao Senado, cantando palavras de ordem como: "Não pago, não pagaria, educação não é mercadoria!". Nesse meio tempo os manifestantantes, na sua maioria estudantes, cantaram o hino nacional e atacaram um veículo da Rede Globo. Infelizmente houve confronto com a polícia e 3 estudantes foram presos e mais alguns agredidos. Apesar da reprovação de alguns, o "banho" no espelho dŽagua foi um dos grandes momentos da marcha, pois foi talvez o único momento em que houve total união entre os diferentes setores da marcha, principalmente na solidariedade aos colegas presos ou agredidos.

Os objetivos da marcha foram cumpridos, mostrou que existe um amplo setor dos movimentos sociais que não foram cooptados e que estão na luta contra as reformas do governo Lula. Fomos ouvidos, tanto é que poucos tempo depois o governo, em retaliação, fez um acordo na Câmara para aprovar a MP do PROUNI, em contra-partida vai demorar mais para aprovar a lei maior sobre a reforma universitária, já que uma parte dela já foi aprovada via MP. Esse tempo que foi dado, dever ser aproveitado para estudar a proposta do governo que foi entregue no dia 06/12/2004 e também ampliar os conceitos de universidade que queremos, ver se essa reforma atende aos mesmos, e caso não atenda, lutar contra a reforma universitária do governo Lula.

Autor: Mike Gabriel A. Lopes

Questionamentos sobre o Ciclo Básico

Dentro das propostas "inovadoras" apresentadas nos documentos com Diretrizes para a Reforma da Educação Superior do MEC, está apresentada a proposta de criação de um ciclo básico, anterior a graduação. Pretendo fazer uma discussão sobre esse ponto da Reforma em específico, por se tratar da principal mudança, se aprovada, no ponto de vista acadêmico. Hoje, a educação no Brasil está dividida em 8 anos de educação fundamental, 3 anos de ensino médio, 4 a 6 anos de graduação, 2 anos para mestrado e 4 anos para doutorado, respectivamente. A proposta do ciclo básico está em incluir um ciclo de 2 anos, entre o ensino médio e a graduação. Vamos então aos pontos:

"A flexibilização dos currículos dos cursos de graduação será estimulada de modo a permitir aos estudantes uma experiência de estudos mais rica e diversificada, com ênfase em atividades formativas."
A Diretrizes Curriculares estabelecem apenas os objetivos dos cursos e as matérias do núcleo comum, sendo que cada instituição tem toda a liberdade de decidir sobre o restante. O MEC ainda afirma "mais rica e diversificada". Isso parte do pressuposto que HOJE é menos rica e diversificada. Afirmação questionável.

"Serão valorizadas as atividades extra-curriculares e a implantação de procedimentos que favoreçam a mobilidade entre diferentes programas de formação."
Em diversas universidades, as atividades extra-curriculares são estimuladas (estágios, monitoria, participação em eventos), podendo, em alguns casos, até abater do montante dos créditos eletivos. Porém essa política de fato ainda fica aquém do desejável. A mobilidade é possível dentro de uma mesma área, por exemplo, ciências exatas, nos primeiros anos. Se favorecer a mobilidade, então não há diferença do que existe hoje. Se a mobilidade for total, então não há diferença entre os programas de formação.

O enunciado do CICLO BÁSICO:
"Propõe-se, para ampla discussão, que as Universidades possam organizar-se de modo a oferecer um ciclo inicial de formação, com duração mínima de dois anos, após o qual o estudante receberá um título próprio - Estudos Universitários Gerais -, sem valor de habilitação, correspondente à formação básica em nível superior. A criação de um ciclo inicial de formação apresenta-se como uma reformulação capaz de contribuir para promover a formação multidisciplinar e fortalecer as capacidades de compreensão e de expressão oral e escrita, assim como de conceitos de ciências em geral, visando o pleno desenvolvimento da capacidade crítica e criativa necessária à formação de cidadãos e profissionais que participarão do projeto de futuro da nação."
A formação multidisciplinar (física, biologia, filosofia, química etc) é de responsabilidade da Educação Básica, além de contribuir para desenvolver os valores humanos (solidariedade, sociabilidade, democracia, trabalho cooperativo, etc), como uma extensão da família. A inserção do ser humano no contexto social traz como principio básico o respeito às necessidades individuais, sociais, intelectuais, técnicas e morais e profissionais do homem. Na formação do cidadão e de profissionais, os cursos da área de computação e informática, conforme Diretrizes Curriculares, têm uma formação humanística: ética, sociologia, história da computação, empreendedorismo, com vista à inserção do homem na sociedade. Nos cursos da área de computação e informática, disciplinas de nivelamento são, ou deveriam ser introduzidas quando as capacidades de compreensão e expressão oral são fracas. A capacidade crítica e criativa depende da metodologia de ensino e da vontade do aluno. Por outro lado, a formação básica de qualquer área serve para melhorar o aprendizado das disciplinas e necessidades específicas e avançadas de cada área. Nesse caso, o aluno não adquire um estágio ou inicia uma pesquisa na sua área durante o ciclo básico. Portanto, o diploma de Estudos Universitários Gerais não serve para nada.

"Um modelo, que não se pretende único à medida que seriam incentivados diversas e simultâneas experiências no país, consistiria de disciplinas de caráter geral para todos os estudantes e outras voltadas especificamente às grandes áreas do conhecimento (ciências da vida, ciências naturais e exatas, ciências humanas e sociais, artes e arquitetura). Tal Ciclo, se bem estruturado, permitiria aos alunos uma formação mais ampla, preparando-os melhor para os desafios do mundo atual e evitando uma tendência à especialização prematura."
De novo o termo "mais ampla". Se a educação básica não cumpre o seu papel de dar a formação mais ampla possível, porque a educação superior terá que ser desvirtuada? A causa tem que ser corrigida e não encontrar uma solução para os efeitos. Não há especialização prematura. O que há é falta de vagas. Não há vagas para todos os alunos que querem fazer um curso de medicina, por exemplo. O que fazer com esses alunos? Muitos deles resolvem fazer enfermagem, e aí, muitos largam o curso simplesmente por querer fazer medicina. Hoje, com a internet e televisão, os alunos estão maduros muito mais cedo do que no passado. Já se fala em maioridade aos 16 anos, portanto hoje os alunos já tem um número de informações disponíveis sobre as carreiras e sobre a vida profissional muito maior do que há 10 anos atrás. Portanto, o argumento de que jovens de 17 anos não tem capacidade para escolher uma carreira vai perdendo a sua validade.

"Caberá a cada Universidade definir se nessa etapa também deverão simultaneamente constar disciplinas específicas de cada Curso."
Autonomia universitária foi pro buraco nessa... Há um século atrás, um Filósofo era detentor de todo o conhecimento até então produzido: química, física, matemática, astronomia etc. O conhecimento, como o "Big-Ben", explodiu. Partículas de conhecimento continuam explodindo. Hoje é humanamente impossível alguém ser detentor de todo o conhecimento. A ESPECIALIZAÇÃO, depois de uma cultura geral (Educação Básica), faz-se necessária. O desenvolvimento do conhecimento interdisciplinar não se faz pela aproximação de pesquisadores ou pela estrutura acadêmica, como querem alguns Sociólogos e Pedagogos. Se faz, sim, pela formação interdisciplinar.

"Importante destacar que devem ser incentivados, dentro do contexto da autonomia, diferentes modelos que possam trocar experiências em direção à criação de um modelo original brasileiro, porém em consonância com as transformações que ocorrem no mundo acadêmico contemporâneo. A flexibilidade curricular nos anos subseqüentes, nos termos preconizados pela LDB, será fator primordial para que o estudante possa seguir sua formação em rumos que otimizem o seu aprendizado dentro dos limites de seu interesse, fator básico para a conclusão do Curso."
O aluno não pode ficar "zanzando" de um lado para outro, sem rumo, experimentando, experimentando até que encontre sua vocação. A universidade tem a função de ORIENTAR, nos casos que se requer. A idéia parece ser semelhante ao individuo que vai almoçar. Primeiro ele come uma "provinha" de tudo e depois vai compor realmente o seu prato. Isso pode até ser bom para o aluno, mas o prato está equilibrado? A quantidade é boa? Enfim, a refeição atende aos objetivos? Pratos padrões definidos por Nutricionistas ou seria pelo MEC?

"Debater as bases preliminares em direção a um processo de integração disciplinar, em consonância com a melhores Instituições do mundo, que promova no futuro a possibilidade de mobilidade global entre os Programas de Graduação e Pós-Graduação."
Cada país tem sua cultura e, portanto, seu modelo de educação. A Educação globalizada somente vai fortalecer o comércio internacional de formação. Deve existir, sim, uma formação padronizada a nível internacional, mas trabalhada de acordo com a cultura de cada nação.

Alguns objetivos para criação do Ciclo Básico são verdadeiros; outros, falsos. Mas os objetivos verdadeiros esbarram numa tese maior: a formação geral deve ser de QUALIDADE e de responsabilidade da educação básica. De onde surgiu a idéia do Ciclo Básico? Não é uma proposta das bases, não é uma proposta da ANDES, não é uma proposta da ANDIFES, enfim, não é uma proposta.

Alguns países já tem um ciclo básico operando. Nos Estados Unidos os alunos já podem iniciar, nos Colleges, seus cursos, quando já sabem o que querem fazer. A França, depois que perdeu a liderança mundial, não pode usar seu sistema de educação como modelo. A educação é a base de desenvolvimento de um país. No Brasil, os jovens querem logo trabalhar. Querem o mais rápido possível uma profissão. Eles não podem esperar dois anos para iniciar o aprendizado de uma profissão. O país precisa deles. O modelo proposto é Francês. Logo, não há garantias que altos percentuais de alunos farão uma formação profissional (especializada). Nos dias de hoje, significa que uma população jovem, menor que 9%, fará uma formação especializada. ISSO É MUITO POUCO QUANDO COMPARADO COM OUTROS PAISES. Não se pode comparar EUA com o Brasil, diante das estatísticas.

Algumas consequências diretas da implantação do ciclo básico podem ser obtidas diretamente: Melhorar as estatísticas (vagas para todos! - mas com que qualidade?). Os professores não estamos preparados para o Ciclo Básico. Inicialmente, o ciclo básico vai suspender a formação de profissionais especializados por dois anos (desastre para o país!) e diminuir a formação especializada, que já é pequena.

Tendo em vista os pontos apresentados, podemos chegar em algumas conclusões:

É natural que os estudantes não tenham uma discussão como a apresentada acima. Por outro lado, é inadimissível ter um posicionamento da UNE favorável a criação do ciclo básico com justificativas como o impedimento da criação dos cursos superiores de curta duração. Não podemos modificar um sistema para acabar com cursos aproveitadores. Devemos melhorar o sistema de educação superior com critérios acadêmicos aceitáveis e foco na sociedade e nas necessidades do país. Tradicionalmente, o movimento estudantil discute muita política e pouca matéria. E isso está refletido nessa posição da UNE. A discussão acadêmica no CONEG foi muito reduzida, e com nenhum interesse das direções do movimento. Está na hora de discutirmos a universidade com seriedade e como prioridade número 0, antes de questionar diretamente um projeto do governo. É aqui que reafirmo a minha posição pessoal de discutir ponto a ponto a Reforma Universitária, uma vez que uma resolução de contra essa reforma não aborda em nada tudo o que foi discutido neste texto.

Autor: Leandro Chemalle - dj@%polvo.ufscar.br
Ex-Diretor do DCE Livre UFSCar
Com colaboração do Prof. Daltro José Nunes do Instituto de Informática da UFRGS

Eventos

Fórum Social Mundial 2005

ENEC no Fórum Social Mundial 2005

O Fórum Social Mundial 2005 acontecerá de 26 a 31 de Janeiro na cidade de Porto Alegre.
A ENEC estará participando do evento promovendo as seguintes atividades:

  • Eixo temático "A": Pensamento autônomo, reapropiação e socialização do conhecimento (dos saberes) e das tecnologias
  • Local: Cais do Porto
    • Software Livre e Movimento estudantil : Uma perspectiva revolucionária
    • Currículo Livre: o Software Livre e a batalha por uma nova educação
    • A contribuição dos estudantes universitários na inclusão digital

Software Livre e Movimento estudantil: uma perspectiva revolucionária

  • Data: 28 (sexta)
  • Horário: 15:30 às 18:30
  • Local: Auditório A201 (200 pessoas)
  • Parceria: Projeto Software Livre Brasil
  • Conferencistas:
    • Antônio Terceiro - militante da comunidade Software Livre
    • Corinto Meffe - militante da comunidade Software Livre gerente de projetos e inovações tecnológicas da SLTI, Ministério do Planejamento
    • Paulo Henrique de Lima Santana - Presidente da ENEC

    • Yuri Bastos Wanderley - Diretor de Relações Institucionais da ENEC
  • Resumo: O software proprietário consolida o controle do capital sobre a sociedade, reproduzindo com uma nova roupagem o modelo de produção que "evolui" desde o mercantilismo pré-capitalista. Em contraposição, temos o Software Livre, cuja produção é baseada na colaboração e na liberdade. A discussão tem como objetivo mostrar os principais efeitos deste modo de organização/produção nas nossas vidas. Como essa junção poderá contribuir para revolucionar os modos organização/produção existentes na sociedade atual. Como poderá sobreviver na real situação de competição existente. Abordará também como o movimento estudantil convive com essa nova realidade e como poderá estar participando na construção deste novo modelo ?

Entre os principais aspectos abordados que ajudarão a fundamentar a discussão, temos:

  • Nova de forma de se organizar/produzir em sociedade
  • Nova forma de Cooperação, colaboração
  • Socialização do conhecimento
  • Quebra de práticas capitalistas
  • Nova forma de se fazer movimento social
  • Apartidarismo, internacionalização do movimento
  • Valorização de novas virtudes individuais
  • Desafio do SL no mundo capitalista
  • Abertura dos grupos de soft. livre e popularização da luta
  • Responsáveis na ENEC:
    • Antônio Terceiro
    • Yuri

Para contribuir na organização acesse: http://www.enec.org.br/ApresentacaoMovEstudantilSoftLivre

Currículo Livre: o Software Livre e a batalha por uma nova educação.

  • Data: 29 (sábado)
  • Horário: 8:30 às 11:30
  • Local: Auditório A103 (100 pessoas)
  • Parceria: Projeto Software Livre Brasil

  • Conferencistas:
  • Resumo: Assim como na educação, na tecnologia um modelo verticalizado não possibilita a contrução coletiva de conhecimento. Dado que a tecnologia é parte inevitavelmente integrante da vida na sociedade contemporânea, para que outra educação seja possível, é preciso compactuar com o Software Livre, modelo cooperativo, descentralizado, horizontal e inclusivo de desenvolvimento tecnológico.
    • Um panorama sobre o Software Livre e a Educação contemporânea.
    • Apresentação do projeto Currículo Livre, que visa orientar a adoção de Software Livre na educação.

    • Discussão com o movimento estudantil de outras áreas que não a Computação, com o objetivo de construir parcerias para extender o projeto a suas áreas.
  • Responsáveis na ENEC:
    • Alexandre Estanislau
    • Mírian Bruckschen

Para contribuir na organização acesse: http://wiki.softwarelivre.org/Curriculo/CurriculoLivreNoFSM2005

A contribuição dos estudantes universitários na inclusão digital

  • Data: 30 (domingo)
  • Horário: 12:00 às 15:00
  • Local: Auditório A103 (100 pessoas)
  • Parceria: Grupos e organizações que trabalham com inclusão digital
  • Conferencistas:
    • Izabel Cristina da Rosa dos Santos - Programa Eu Cidadão - Projeto de Inclusão Digital e Cidadania - UNISINOS

    • Jiyan Yari - militante da comunidade Software Livre
    • Paulo Henrique de Lima Santana - Presidente da ENEC
    • Edgard Piccino - Coletivo Digital

  • Resumo: A inclusão Digital como uma forma de inclusão social, abordando temas não somente técnicos, fazendo as pessoas interagirem com o computador e com a sociedade que os cerca, mostrando que temos que ter uma visão crítica da sociedade e da tecnologia, da sociedade para entendermos e superar as desigualdades e da tecnologia para democratizar seu acesso e questionar sua produção e utilização.
    • Discutir a necessidade e a forma de se fazer inclusão digital, sobretudo em comunidades pobres.
    • Como a Inclusão Digital deve sempre estar ligada a Software Livre, para gerar uma discussão de trabalho colaborativo e de fato ser um trabalho de Inclusão Social.
    • Trocar Idéias a respeito de projetos de inclusão digital que usem Software Livre e dar os primeiros passos no projeto de Inclusão Digital da ENEC em conjunto com o Movimento Estudantil Brasileiro.
  • Responsáveis na ENEC:
    • Paulo
    • Jiyan

Para contribuir na organização acesse - http://www.enec.org.br/ApresentacaoInclusaoDigital

Outras atividades no FSM

Outras atividades no FSM dentro do eixo temático 10 "Pensamento Próprio, reapropriação e socialização dos saberes, conhecimentos e tecnologias" podem ser vistas aqui:

http://www.softwarelivre.org/news/3543

Distribuição de cds do Kurumin Linux/Caixa

Durante as 3 atividades, a ENEC estará distribuindo cds do Sistema Operacional Kurumin Linux/Caixa, gentilmente cedidos pelo ITI - Instituto Nacional de Tecnologia da Informação.

Resumo

Organização

Parcerias

Titulo

Dia

Turno

Sala

Capacidade

Código

ENEC

PSL Brasil

Software Livre e Movimento Estudantil: Uma perspectiva revolucionária

28

3

A201

200

990

ENEC

PSL Brasil

Currículo Livre: o software livre e a batalha por uma nova educação

29

1

A103

100

994

ENEC

Grupos de inclusão digital

A contribuição dos estudantes universitários na inclusão digital

30

2

A103

100

1511

Discussão dos Resultados

Discussão dos Resultados

Questionário de Avaliação

Discussão dos Resultados

Autor: Paulo Henrique de L. Santana

FISL 6.0

A 6a edição do Fórum Internacional Software Livre, fisl6.0, está abrindo a sua chamada de trabalhos.
O fisl6.0 acontecerá de 1 a 4 de junho de 2005 em Porto Alegre - RS, no centro de eventos da PUCRS.

Cada pessoa poderá inscrever mais de um trabalho, desde que estejam relacionados com os macro temas do evento. As propostas serão recebidas de 10 de janeiro a 28 de fevereiro e os trabalhos selecionados receberão confirmação por e-mail durante o mês de março.

Inscreva seu trabalho: https://fisl.softwarelivre.org/papers

Fonte: http://www.softwarelivre.org

EMECOMP 2005

O Encontro Mineiro dos Estudantes de Computação - EMECOMP 2005 acontecerá de 14 á 17 de Abril de 2005 na cidade de Poços de Caldas sul do estado de Minas Gerais á 480km da capital Belo Horizonte, no Campus da PUC Minas.

O estado de Minas Gerais possui 37 faculdades de Computação segundo o diretor da ENEC-MG Thiago Biagioni Ribeiro: "Fizemos o levantamento e constatamos que existem 37 faculdades de Computação no estado sendo 12 localizadas aqui no sul de minas, temos tudo para organizarmos um excelente encontro, contamos com o apoio da Reitoria da PUC Minas e estamos entrando em contato com representantes de Diretórios Acadêmicos e coordenadores de cursos."

Autor: Thiago Biagioni Ribeiro

ENEC no SEMINFO RS'2004

Do dia 29/10/2004 a 02/11 ocorreu o evento SEMINFO RS'2004, que teve o apoio da ENEC-RS.

O SEMINFO é um evento que tem por objetivo promover a integração e o compartilhamento de experiências e conhecimento entre os estudantes, egressos, professores e coordenadores dos diversos cursos da área da Computação e Informática do Rio Grande do Sul.

Durante a fase de organização do evento, Alexandre Estanislau Puhl representou a ENEC-RS em reunião e em algumas discussões do evento, ficando assim a ENEC-RS como apoiadora do evento.

Durante o evento, tivemos um ciclo de palestras, envolvendo os temas Software Livre, Tecnologias da Informação Aplicadas e Conectividade e Segurança, além de apresentação de Trabalhos de Pesquisa de Iniciação Científica e de Conclusão.

Para o último dia do evento, ficou agendada a apresentação da ENEC-RS, que foi dividida em duas partes. A primeira, sendo ministrada por Alexandre Estanislau Puhl, foi a apresentação da ENEC-RS, tendo como assuntos abordados: o Movimento Estudantil, um breve esclarecimento sobre as nomenclaturas dos cursos da Computação e Informática, entidades de base e enfim as Executivas, tanto a Nacional quanto as regionais (enfocando a ENEC-RS). E é claro que, nessa apresentação, o ENECOMP não poderia ficar de lado: Rafael Klaser fez um breve relato de como foi a sua experiência na caravana para o ENECOMP 2004, em Salvador, BA.

Na segunda parte da apresentação, Mírian Bruckschen falou sobre o Projeto Curriculo Livre. Ela falou sobre como está sendo organizado o projeto, o que já foi feito e onde pretende-se chegar.

Desconsiderando o imprevisto da apresentação ter sido realizada sem a utilização de um projetor, a apresentação foi de grande importância para todos os presentes, pois tínhamos no ambiente um grupo que demonstrou grande interesse pela ENEC e que, em sua grande parte, não conhecia a Executiva.

Desta forma, esperamos um ano de 2005 muito melhor para a Executiva Nacional e Regional, realizando mais apresentações e envolvendo mais estudantes das Instituições de Ensino do Rio Grande do Sul.

Autor: Alexandre Estanislau Puhl

VI SINEC

O VI SINEC - Seminário de Informática e Engenharia de Computação, organizado pelos estudantes do curso de Engenharia de Computação, foi realizado de 06 a 10 de Dezembro de 2004 nos anfiteatros do Centro de Ciências Exatas e da Terra da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e acontece uma vez por ano desde 1999.

Os palestrantes na maioria das vezes são professores ou alunos da própria UFRN, normalmente um mestrando ou algum aluno de graduação que trabalha em algum projeto. Nesta última edição do evento, a novidade foi a vinda de Lisandro Zambenedetti Granville, um professor renomado da UFRGS que atua prioritariamente na área de redes.

Os professores dos minicursos Érico Renato (Servlet-JSP), Jefferson Freire (Linux), David Ricardo e Ricardo Wendell (Latex), Hortevan Marrocos (Banco de Dados - PostgreSQL) e Sérgio Queiroz e João Paulo (Python) eram alunos do curso de Engenharia de Computaçãoo. E quanto aos participantes, este ano num total de 97 inscritos, alunos de Mossoró, João Pessoa e Natal das Faculdades de computação destas cidades, além do grande público da própria UFRN e do CEFET-RN.

Maiores informações no site do evento: http://www.sinec.engcomp.ufrn.br

Comissão organizadora: Victor Hugo, Thayse França, Antonio Higor, Iuri Augusto e Kleydson Wilbert

Autor: Vicente Netto

Cursos de computação do Brasil

Fim do BCC-UFPR noturno

O curso de Bacharelado em Informática da Universidade Federal do Paraná, sempre que teve esse nome foi ofertado nos períodos tarde e noite. O curso semestral com duração de 8 períodos ofertava as disciplinas de forma alternada entre tarde e noite. Assim, por exemplo, se neste semestre disciplinas do 1o, 3o, 5o e 7o período eram ministradas à tarde, as demais disciplinas eram ministradas à noite, e no semestre seguinte todas as disciplinas mudavam para o "contra-turno".

Da forma como acontecia era possível que o aluno estudasse apenas em um dos turnos (tarde ou noite) e trabalhasse no outro. Mas a maioria do corpo docente não admitia isso. Não queriam seus alunos trabalhando porque alegavam que o curso merecia uma "dedicação exclusiva".

Em 2001, após avaliação do MEC o curso passou a se chamar Ciência da Computação, e este foi o estopim para que alguns professores se organizassem a fim de conseguir a extinção das aulas noturnas.

Os períodos alternados passaram a não existir mais no ano de 2002, quando o Coordenador do curso propôs que a partir daquele momento todas as turmas novas iniciassem as atividades com disciplinas apenas no período da tarde. Os representantes discentes protestaram e tentaram de varias maneiras vetar aquela proposta que consideraram absurda. Em vão!

Hoje o curso de Ciência da Computação da UFPR tem a grande maioria das suas disciplinas ministradas no período da tarde. Os alunos não podem trabalhar 8 horas durante o curso e a oportunidade de cursar uma Universidade Pública é restrita a uma pequena parcela da população.

Atitudes como esta partindo dos próprios professores merecem repúdio. O Brasil não vai crescer enquanto nossos educadores permitirem exclusão social dentro das Universidades Públicas.

Queremos uma Universidade Pública, Gratuita, de Qualidade... mas principalmente: PARA TODOS!

Autor: Vanderlei Stica de Castro - vstica@pr.gov.br
Formado em 2004 no BCC-UFPR
Ex-diretor do CEI-UFPR (duas gestões) e do DCE-UFPR
Técnico de Informática da CELEPAR

Divulgando

Trabalho final de graduação de Vicente Netto

QUESTÕES LEGAIS SOBRE DESENVOLVIMENTO, COMERCIALIZAÇÃO, DIREITO AUTORAL E USO DE SOFTWARE é um texto feito em linguagem que tenta agradar a leigos e a experientes tanto em Direito quanto em Computação, como forma de contribuição para os profissionais e estudantes de tecnologia da informação.

O arquivo está disponível para download em
http://www.lcc.ufrn.br/~vicente/questoeslegaisdesoftware.pdf

Críticas, sugestões e reclamações podem ser enviadas para: n3tto%ARROBA%yahoo.com.br ou vicente%ARROBA%lcc.ufrn.br.

Autor: Vicente Netto

Expediente do Boletim Eletrônico


Atenção: Não copie o texto desse tópico para o boletim! .Veja em ComoEscreverNoBoletim como escrever a seção "Expediente" do Boletim Eletrônico.

Expediente

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Antonio Terceiro - 29 Jun 2004
Mirian Bruckschen - 12 Jun 2005

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