EncontroRegionalNordeste2

= I Encontro da Regional Nordeste II da Executiva Nacional dos Estudantes de Computação =

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Data e Local

O encontro foi realizado nos dias 17, 18 e 19 de Maio de 2002, no Instituto de Matemática da Universidade Federal da Bahia.

Material de divulgação

Manifesto final

Introdução

Grupo de Discussão: Software Livre no serviço público

Bastante polêmico, este grupo de discussão debateu sobre a possibilidade de utilização de software livre no serviço público, suas vantagens, desvantagens, consequências, etc. . A discussão abrangeu temas mais abrangentes, como a globalização, questões políticas, posições estratégicas de governos pelo mundo, etc. Além disso, discutiu-se sobre o alto custo da manutenção das licensas de software proprietário pelo estado e a viabilidade técnica de fazer uma migração.

Ao final, chegou-se a alguns pontos que devem servir para reflexão, e que devem ser amadurecidos nos grupos durante o EneComp 2002:

É necessária uma ação de sensibilização da sociedade para a questão do software livre. De fato, é necessária a sensibilizaço da população para essa questão, assim como a sensibilização dos formadores de opinião(coordenadores de informática, parlamentares, governantes, etc.). Sugeriu-se a criação de uma campanha pela utilização de software livre.
O software livre deve tornar-se mais acessível ao usuário final, para que uma possível transição seja o menos traumática possível. A tendência é que isso aconteça naturalmente no caso do GNU/Linux, com as diversas distribuições trabalhando para isso.
Deve ser estimulado o uso de software livre nas universidades.As universidades podem ser usuárias/produtoras de software livre, melhor exercendo o seu papel social de produtoras de conhecimento e contribuir para o desenvolvimento da sociedade em que ela está inserida e da comunidade científica em geral.

Para saber mais sobre o assunto:

http://www.gnu.org - website do projeto GNU, um dos pioneiros na cultura do software livre.
http://www.softwarelivre.rs.gov.br - Projeto de uso de software livre pelo governo do estado do Rio Grande do Sul.

Grupo de Discussão: Regulamentação da Profissão

Grupo de Discussão: Rumos da Regional

Grupo de Discussão: Provão

Grupo de Discussão: Cotas para negros e carentes nas IPES

Durante o processo histórico de desenvolvimento do Brasil, os negros - assim com os índios - foram brutalmente explorados e sofrem até hoje com as consequências desse processo. Apesar de a população brasileira ser em sua grande parte mestiça, percebe-se claramente que o nível de desenvolvimento sócio-econômico de negros e índios está muito aquém do da população branca.

Na Bahia, por exemplo, apesar da maioria da população ser composta por negros(aproximadamente 80%), na Universidade Federal da Bahia apenas pouco menos do que 20% dos estudantes são afrodescendentes. Além disso, é notável que a presença de estudantes afrodescendentes é mais numerosa nos cursos "com menos prestígio social", ao contrário dos cursos elitizados, onde a maioria esmagadora é de estudantes brancos.

Este tema - a cota para estudantes afrodescendentes - vem sido discutido na sociedade brasileira, com muitas divergências até mesmo entre o movimento negro. A idéia é de que seria destinada uma certa quantidade de vagas para estudantes afrodescendente. Existem algumas questões polêmicas no que diz respeito às cotas, como:

Num país como o Brasil, caracteristicamente mestiço, qual seria o critério utilizado para distinguir quem é negro e quem não é?
Alguns defendem que a população indígena sofreu tanto quanto - ou mais - que a população afrodescendente, então ela deveria ser incluída nas cotas.
Outros acham que a cota deveria ser extendida a toda a população de baixa renda, utilizando critérios sócio-econômicos para enquadrar os estudantes na cotas.

Assim, na discussão concluiu-se que a baixa presença de estudantes afrodescendentes no ensino superior público é uma questão estrutural, que está muito ligada à condição sócio-econômica da população negra, e à falta de uma política estatal eficiente para a educação. Foram identificadas algumas idéias:

É necessária a reconstrução do ensino público de nível médio e fundamental.
A quantidade de vagas no ensino superior público também deve aumentar, para atender à demanda da sociedade pelo ensino superior, preferencialmente garantindo aos concluintes do ensino médio o acesso ao ensino superior público.
Surgiu a proposta de propor cotas para estudantes carentes nas IES particulares. Como essas instituições são, em geral, Associações Civis sem fins lucrativos, é natural que se exiga que elas tenham um papel social includente, garantindo a estudantes de baixa renda a oportunidade de cursar o nível superior.

Grupo de Discussão: Ida a Florianópolis (CSBC 2002)

Conclusão

Participantes

O encontro contou com a participação de estudantes das seguintes IES:

FRB - Faculdades Ruy Barbosa. Salvador/Bahia.
UNEB - Universidade do Estado da Bahia, Salvador/Bahia.
UFBA - Universidade Federal da Bahia, Salvador/Bahia.
UNIFACS - Universidade Salvador, Salvador/Bahia.